Stefany Leandro
Da reportagem local
A sobrecarga de corpos encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) de Mogi das Cruzes, em decorrência das demandas da unidade de Suzano (que passa por reforma), deve prosseguir. Isso porque a entrega do prédio suzanense, prevista para amanhã, foi adiada e agora segue sem data para reiniciar o atendimento.
Com a continuidade do recebimento dos corpos que chegam do município vizinho e de todas as outras cidades que o IML de Suzano atende, a unidade de Mogi está prestes a chegar a uma superlotação. Hoje, o quadro de funcionários da unidade é composto por seis médicos legistas, cinco auxiliares de necropsia e cinco atendentes de necrotério, além dos funcionários administrativos.
Atualmente, principalmente nos finais de semana, o atendimento na unidade acaba sendo sobrecarregado, segundo contou Rogério Dimas, gerente de uma funerária instalada na Vila Oliveira. "Tem dias que o movimento é normal, mas em outros é lotado. A lotação não acontece sempre, é mais no fim de semana. Mas isso não ocorria antes do IML daqui receber os corpos de Suzano", disse.
Em nota, a Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP) informou que "com o término da reforma do IML de Suzano, o atendimento em Mogi das Cruzes será normalizado, sendo que até o momento a resposta às demandas está controlada".
Já a Prefeitura de Suzano esclareceu que "a última vistoria técnica que seria realizada no Instituto Médico Legal (IML) da cidade, no dia 26 de janeiro (amanhã), será remarcada a pedido da Polícia Científica. A nova data será divulgada nos próximos dias".
Obra
A execução dos serviços de reforma e ampliação do IML de Suzano está sendo realizada pela Construtora Suzano Ltda., vencedora do processo de licitação promovido pela administração municipal. O contrato foi firmado em fevereiro de 2014 pelo valor de pouco mais de R$ 480 mil.
As modificações na estrutura do prédio têm por objetivo proporcionar melhorias nas condições de trabalho dos funcionários da unidade e, principalmente, garantir mais conforto aos usuários, uma vez que a antiga estrutura causava transtornos aos moradores do entorno, sendo alvo de constantes reclamações, entre elas, pelo forte odor em função dos corpos que eram recebidos no local.