Fernanda Fernandes
Da reportagem local
As altas temperaturas dos últimos dias fazem com que as pessoas procurem uma alternativa para aliviar o calor. Nesse sentido, os clubes e os parques aquáticos são os destinos mais procurados na região o que, consequentemente, aumenta o consumo da água. Preocupados com a crise hídrica, as empresas já têm adotado medidas para minimizar o problema. Diante da escassez de chuvas, que vem prejudicando o abastecimento no Estado, os estabelecimentos que usam muito esse recurso precisam ser criativos para reduzir o consumo.
No Clube de Campo de Mogi das Cruzes (CCMC), por exemplo, a procura pelas piscinas aumentou consideravelmente. O local está recebendo diariamente centenas de pessoas. "Desde o início de janeiro, abrimos as piscinas também às segundas. Durante a semana, o fluxo de pessoas quadruplicou, assim como nos finais de semana, quando chegamos a receber cerca de 400 pessoas por dia. Vale lembrar que o período de férias escolares contribui muito para este aumento", revelou a administração do CCMC.
Com a grande procura pelas piscinas, o clube teve de adotar algumas medidas para economizar água e driblar a crise, como diminuir a vazão de água das torneiras e a quantidade de vezes que os jardins são regados. "Também foi desenvolvido pelo departamento de marketing, a pedido da presidência, um material para conscientização dos associados e colaboradores com relação ao desperdício de água", informou.
Além disso, o Clube de Campo também possui poço artesiano, que é responsável pelo fornecimento de água para a maioria dos departamentos, inclusive as piscinas. "Acredita-se que conseguimos estabelecer um controle maior do consumo da água e otimizar os diferentes usos dentro do clube".
A maioria dos clubes da região possui poços artesianos, já que a água é o recurso mais utilizado nesses locais. Mas, além do uso de um poço, o Náutico Mogiano também estuda medidas para reduzir o consumo da água entre os frequentadores, como a implantação de chuveiros com temporizadores. Outra ação adotada para inibir o desperdício é a limpeza que, segundo o clube, é feita a seco.
"Estamos também terminando o conserto do telhado do ginásio. Assim que finalizarmos, implantaremos cisternas (reservatórios) nos condutores pois é um local que despeja muita água. O clube também pretende, no segundo semestre, fazer um grande plantio de árvores nas margens do rio Tietê", informou, por meio de nota. O Náutico também tem um poço de 180 metros de profundidade, construído há duas décadas, que fornece 90% da água usada no clube.
Em Suzano, o Magic City, o maior parque aquático da região, também adotou medidas econômicas, como o método de reúso da água para jardinagem, além de limpezas de veículos e de vias. O local também faz a reciclagem da água, ou seja, o líquido, ao circular por todo o parque, é mantido fresco e pode ser reaproveitado. "Com isso, a perda é mínima, somente a evaporação. A água usada diretamente no corpo dos banhistas também não é aproveitada para as piscinas", explicou a direção do parque.