Caso a vazão da captação de água de reservatórios do Alto Tietê não seja feita, o abastecimento a 4,5 milhões de famílias da região e parte da capital estará garantido apenas até o fim de novembro ou início de dezembro.
A análise é do engenheiro e sanitarista Roberto Kachel, após efetuar um estudo capaz de identificar o volume real de água em cada um dos reservatórios que compõem o sistema, responsável pelo abastecimento de toda população do Alto Tietê, além de grande parcela das casas da Região Metropolitana.
Os cálculos, baseados em informações do Sistema de Alarme e Inundações do Estado de São Paulo (Saisp) e do Plano de Bacias Hidrográficas, apontam que o reservatório de Biritiba Mirim já teve quase a metade do volume morto utilizada. "Em apenas 20 dias, já foram captados pela Sabesp 3,5 bilhões de litros de água e restam apenas 6,5 bilhões de litros, os quais devem dar para abastecer por mais 20 ou 30 dias", comenta Kachel. A partir daí, segundo ele, o esvaziamento do sistema ocorreria em efeito cascata. "A produção de água na Estação de Tratamento de Taiaçupeba contará apenas com os volumes
ainda acumulados nas represas da Ponte Nova e Paraitinga. A vazão descarregada destas represas deverá ser transferida para o dique de Biritiba, pela Elevatória de Biritiba, e daí para as represas do Jundiaí e Taiaçupeba (por gravidade). Mesmo assim, pode-se esperar que o Spat esteja completamente vazio no fim de novembro", conclui Kachel.
O Mogi News solicitou ao Daee autorização para visitar o reservatório de Biritiba Mirim, mas até o fechamento desta edição o pedido não foi respondido. (N.A.)