Noemia Alves
Da reportagem local
O coronel Nelson Celegatto explicou, ontem, uma nova estratégia de policiamento adotada pelo Comando de Policiamento de Área Metropolitano (CPAM-12), em que viaturas e motocicletas do patrulhamento e policiamento ostensivo são posicionadas em diversos pontos da região - como ruas de grande fluxo e corredores de entrada e saída dos municípios -, permanecendo paradas naquela localidade por um período de três horas ou mais. A medida está gerando polêmica e foi questionada por alguns munícipes, nessa última semana. É que, segundo os moradores entrevistados pelo Mogi News, essas viaturas só podem deixar o local em caso de atendimento de ocorrência de maior gravidade ou emergência, sob autorização, via rádio, de um oficial.
"Soube até que quem desobedecer à determinação e sair para atender algum caso, antes da autorização, pode ser penalizado", confidenciou um dos entrevistados, que preferiu não se identificar.
O comandante do CPAM-12, por sua vez, confirmou a realização da nova modalidade de policiamento, mas negou que os policiais estejam proibidos de se deslocar com as viaturas.
"Esse tipo de operação, na verdade, é uma ação estratégica, que consiste no emprego de uma viatura para realizar o policiamento preventivo. Então, ela estará em um lugar que garanta visibilidade e, ao mesmo tempo, estratégico, caso precise efetuar alguma perseguição ou prisão", explicou o coronel Celegatto.
O oficial comentou ainda que: "Em casos de emergência ou crime em flagrante, os policiais têm sim autonomia para atender a ocorrência, desde que, é claro, façam a comunicação via rádio ao Centro de Operações da PM (Copom)", reforçou o coronel.
O jornal relatou a Celegatto o caso de uma senhora, vítima de estelionato dentro de uma agência bancária, em Brás Cubas, que teria procurado, na semana passada, auxílio direto da polícia, ao ver uma viatura estacionada em uma avenida próxima. Entretanto, ela teria recebido a orientação de ligar para o 190.
"É o caso de um crime já ocorrido e não de uma situação de flagrante ou de urgência, que esteja em andamento. Nesse caso, esta senhora tinha de procurar uma delegacia e registrar o boletim de ocorrência, para o caso ser investigado. Mas, se o bandido estivesse nas imediações, com a descrição ao 190, o Copom acionaria a viatura mais próxima desse marginal", destacou o comandante do CPAM-12.