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Cuco Pereira assume a Prefeitura de Mogi pela nona vez amanhã

Vice de Marco Bertaiolli ficará no comando da cidade até o dia 4 de agosto, enquanto o prefeito está de licença

Publicada em 27/07/14

Daniel Carvalho

Prefeito Marco Bertaiolli passou o comando da cidade para José Antonio Cuco Pereira na sexta-feira; mudança oficial começa amanhã

José Antonio Cuco Pereira (PSDB) assumirá hoje o cargo de prefeito de Mogi das Cruzes. Será a nona vez que responderá pelas ações do Executivo. Foram seis oportunidades como vice-prefeito e outras três quando estava à frente da Presidência da Câmara Municipal, nas gestões de Manoel Bezerra Melo, o Padre Melo, Waldemar Costa Filho e Junji Abe. As nove passagens somam quase cinco meses no posto mais importante do município.
Desta vez, o vice-prefeito Cuco assume a vaga deixada por Marco Bertaiolli (PSD), que estará de licença não remunerada até 4 de agosto. "Ele me pediu para continuar acelerando as obras. Vou ligar para os secretários e cobrar, assim como ele faz", disse.
Nesta entrevista, Cuco fala sobre a parceria com Bertaiolli, afirma que será candidato a vereador em 2016 e que não pensa em aposentadoria. "Pretendo morrer trabalhando".

Mogi News: O que você pretende fazer neste novo período à frente da Prefeitura?
José Antonio Cuco Pereira: É um prazo curto e não tem o que programar. Tenho de despachar os processos. Eles não podem parar. Vamos dar continuidade ao dia a dia da Prefeitura. O encaminhamento é normal.


MN: O Bertaiolli fez alguma recomendação?
Cuco: Um pedido que ele sempre faz é para tentar acelerar cada vez mais as obras em andamento. Ligar para os secretários e cobrar. Ele mesmo faz isso todos os dias. O objetivo é cumprir as promessas que a administração municipal fez para a população, mas a burocracia é muito grande.

MN: Como é esta parceria como o Bertaiolli?
Cuco: São seis anos de parceria e antes ele já havia convivido comigo na Câmara. É um casamento político que deu certo. Uma coligação que perdurará por muito tempo. Quem sai ganhando com isso é a cidade. Veja a transformação de Mogi em tão pouco tempo. Na política, é preciso ser leal. Cumprir a palavra. O político que não faz isso tem vida política curta. Estou há 28 anos e meio neste ramo e conquistei credibilidade. A reciprocidade, a lealdade e a sinceridade são fundamentais. Quando sai um, o outro precisa seguir no mesmo tom. Sempre me dei muito bem com o Bertaiolli. Nunca tive nenhum atrito em todo este tempo. É como se ele fosse meu irmão mais velho (risos).

MN: Mas, mesmo que pequenas, há diferenças entre a sua maneira de administrar e a do Bertaiolli?
Cuco: É evidente que sim. Tenho minha maneira de ver as coisas, pela experiência que adquiri, principalmente no Legislativo. Fui sete vezes presidente da Câmara e sempre analisei os processos administrativos da minha forma. E aqui na Prefeitura não é diferente.

MN: Você será candidato a vereador em 2016?
Cuco: Sim. Pretendo voltar a ser vereador. Daqui a dois anos, vamos entregar uma Prefeitura redondinha e aí quero voltar para a Câmara, no meu nascedouro político, local onde conheço muito bem os caminhos. Conheço o regimento e sei como me portar no plenário. Conduzir as coisas. Pretendo continuar prestando serviço para a população. Gostaria de voltar, mas isso se o mogiano entender que mereço.


MN: O cargo de vice-prefeito pode facilitar este possível retorno?
Cuco: Não é a função que vai me ajudar. O vice é uma mera expectativa de direi-to. Eu poderia ficar na minha casa e assumir quan-do o prefeito saísse, mas eu sou diferente. Quis ser vice para trabalhar. Tenho um gabinete aqui na Pre-feitura e atendo muitas pessoas. E é este trabalho que pode me levar novamente à Câmara. Se eu fosse um vice inerte, que ficasse aqui sem fazer coisa nenhuma, não teria nem sequer coragem de ser candidato. Não será fácil este retorno. Na última eleição para vereador, e isso faz 12 anos, eu tive 4 mil e poucos votos. Ali na Câmara, você fica à frente da sua gestão. Aqui na Prefeitura, não. Eu não tomo a dianteira do prefeito. Terei de reconquistar todo aquele pessoal que votou em mim. Muitos já morreram e outros cresceram. Mas a vida política é assim.


MN: Ainda pensa em ser prefeito?
Cuco: Não. A minha época já passou.

MN: E uma aposentadoria?
Cuco: Aposentadoria? O homem que aposenta morre logo. Cabeça vazia, oficina do diabo. Quero trabalhar. Auxiliar as pessoas. Pretendo morrer trabalhando.


MN: Qual é a avaliação do atual momento político de Mogi?
Cuco: A política em Mogi vai bem, porque existe um bom relacionamento entre a Câmara e Prefeitura. Às vezes, esse bom entendimento é criticado, mas ele gera um trabalho em prol da nossa comunidade. As responsabilidades dos vereadores e do prefeito fazem com que haja essa quantidade enorme de obras. Onde há um desentendimento, a cidade sofre.

MN: Recentemente, você chegou a criticar o PSDB pelo distanciamento dos diretórios municipais com a cúpula estadual. Algo foi alterado desde então?
Cuco: As críticas são feitas por todos os diretórios municipais. O estadual faz as reuniões e nós ficamos aqui batendo palmas. Eu sou do tempo em que o Covas (ex-governador Mario Covas) vinha até Mogi, na Câmara, para se reunir com os vereadores. Fortalecia o diretório. Tínhamos o direito de opinar. Existiam pessoas que vestiam a camisa do partido. Havia militantes de verdade. Hoje, há um distanciamento. O diretório não pode ser apenas para cumprir uma exigência eleitoral. Vemos atualmente um samba do crioulo doido. Existe partido que faz um acordo aqui, outro totalmente diferente lá. Não entendo isso e a cada dia que passa está pior.


MN: Essa situação já o fez pensar em mudar de partido?
Cuco: Não. Vou continuar na luta pela ideologia do PSDB.



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