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Cidade| Meio ambiente

Câmara discute solução local para lixo

Diante do fechamento da Pajoan, vereadores exigem propostas para que o destino dos resíduos da cidade seja buscado rapidamente

Publicada em 12/08/09

Marcelo Alvarenga

Lopes: Sociedade civil

Júlia Guimarães
Da reportagem local

A sessão ordinária de ontem, na Câmara, foi marcada pelos discursos fervorosos dos vereadores mogianos a respeito da necessidade de que Mogi das Cruzes encontre uma solução para a destinação final do lixo do município. A discussão foi motivada pela recente interdição do aterro sanitário regional da Pajoan, em Itaquaquecetuba, que também recebia os resíduos sólidos produzido pelos 400 mil habitantes mogianos. Os parlamentares não pouparam nem mesmo a atual administração das críticas e afirmaram que o Poder Executivo tem responsabilidade na destinação final do lixo.

O tema foi levado ao plenário pelo vice-presidente da Câmara, Mauro Araújo (PSDB). O parlamentar afirmou que solicitará à Prefeitura, nos próximos dias, uma cópia do contrato firmado com a Stralu para a coleta e destinação do lixo. O objetivo é identificar quais as responsabilidades previstas para a empresa e para o Executivo. "Esses dias, eu vi uma entrevista do secretário de Serviços Urbanos (Nilmar de Cássia Ferreira), dizendo que a responsabilidade é da empresa. Ledo engano! A administração municipal é sim corresponsável por essa situação".

Araújo ainda afirmou que o aterro Ananconda, de Santa Isabel, se encontra "exaurido" e que "também deverá ser interditado". Ele disse que os outros aterros mais próximos seriam nas cidades de Santo André e de Caieiras e afirmou que fez um levantamento de que o transporte do lixo para estas localidades deixariam o serviço cerca de R$ 6 milhões mais caro por ano. "Já gastamos R$ 28 milhões por ano com a coleta de lixo do município. Não se pode gastar mais um centavo com esse serviço já que o dinheiro poderia ser aplicado em Saúde e Educação", esbravejou.

O vereador Jean Lopes (PCdoB) ainda cobrou da sociedade civil parte da responsabilidade para a atual situação. Na opinião dele, o movimento Lixão, Não - que organizou a luta popular contra a instalação do aterro sanitário da Queiroz Galvão no Taboão - deveria ter feito uma discussão paralela a respeito da destinação final do lixo de Mogi. Os vereadores Olimpio Tomiyama (PTB), Pedro Komura (PSDB), Carlos Evaristo (DEM) e Protássio Nogueira (DEM) também discursaram defendendo que a administração municipal encontre uma solução para o lixo produzido na cidade.



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