A maioria dos integrantes da comitiva que conversou com Lourival Gomes ontem considerou a reunião positiva. O vereador Geraldo Tomaz Augusto (PMDB), o Geraldão, que representou a Câmara, achou que o secretário ficou "sensibilizado": "Depois dessa conversa, acredito que o CPP não será instalado em nosso município". O advogado Marco Soares Junior também ficou satisfeito com as declarações de Lourival Gomes: "Ele disse que está empenhado para que o CPP seja instalado em Itaquá e que só havendo uma completa impossibilidade é que Mogi vai receber esse tipo de empreendimento". O professor Nabil Francisco de Moraes disse que é preciso manter o movimento e a sociedade unida, mas achou a reunião produtiva. "Estávamos com dificuldade de ser recebidos. Ele falou abertamente que existe um empenho para que o CPP não venha para cá".
O único que saiu da audiência insatisfeito foi o ambientalista José Arraes. Ele destacou que o secretário não forneceu dados concretos a respeito do processo e que os argumentos apresentados por ele, da necessidade de construção de novos presídios no Estado, seriam pouco válidos para Mogi. "Nós fomos até lá para pedir que Mogi das Cruzes não receba o CPP. Não fomos lá para escutar histórias sobre a vida do secretário. Não se trata de uma questão pessoal". (J.G.)