Claudia Irente
De Mogi
O ano começou violento em Mogi das Cruzes, onde foram registrados, na madrugada de ontem, cinco assassinatos em apenas duas horas, sendo três no Caputera e dois no distrito de Jundiapeba. Trata-se da segunda chacina desde 21 de novembro do ano passado, quando quatro pessoas foram mortas na Vila Natal.
Ontem, por volta da 1 hora da manhã, cinco jovens conversavam na esquina das ruas Waldir Carrião Soares com a Rocket Pinto, no Caputera, quando desconhecidos passaram em um Fox vermelho, de placas não anotadas, e atiraram em direção ao grupo. Ivan Marcos dos Santos Souza, de 18 anos, Christian Silveira Filho, 17, e Lucas Tomaz de Abreu, 20, morreram no local, enquanto outros dois rapazes, de 29 e 19 anos, ficaram feridos.
O mais novo, até o fechamento desta matéria, continuava internado em estado grave, baleado no tórax e abdômen. Já o mais velho, baleado nos braços, buscou auxílio médico sozinho na Santa Casa da cidade e, conforme informações da polícia, fugiu do hospital em seguida, alegando estar "com medo de ser morto". Ele ainda não foi localizado para dar a sua versão sobre os fatos.
A perícia esteve no local para fazer os primeiros levantamentos do caso, mas não apreendeu cápsulas ou demais objetos relacionados aos crimes.
A Polícia Militar de Mogi, por sua vez, disse que, em pesquisa, as vítimas não possuíam antecedentes criminais.
Outro caso
Em Jundiapeba, às 3 horas da madrugada de ontem, um homem e um adolescente também foram mortos a tiros, entre a avenida Líbia e a rua José Pereira. A polícia não soube afirmar se eles estavam juntos, o que faziam no instante em que foram baleados e nem se os atiradores chegaram a pé ou em algum veículo, pois não houve testemunhas oculares do duplo homicídio.
Apenas se sabe que Celso Gomes, 28, e Breno dos Santos Vale, 14, morreram na via pública, onde também foram recolhidas, pelos peritos do Instituto de Criminalística (IC), cinco cápsulas deflagradas de calibre desconhecido.
Das duas vítimas, a polícia informou que apenas Gomes tinha passagem por crimes "de menor potencial ofensivo", cuja pena máxima aplicada é de dois anos ou multa.