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Cidade| Em excesso

Aguapés ameaçam a vida no rio Tietê

Plantas aquáticas que em excesso prejudicam outras espécies é encontrada ao longo de toda extensão do rio

Publicada em 30/09/14

Daniel Carvalho

Grande quantidade de aguapés cobre praticamente toda a superfície do rio; as plantas diminuem a incidência de luz solar e oxigênio

Noemia Alves
Da reportagem local

A crescente proliferação de aguapés (uma espécie de planta aquática) no trecho urbano do rio Tietê em Mogi das Cruzes tem chamado atenção de moradores ribeirinhos e preocupado ambientalistas e membros do Subcomitê de Bacia Hidrográfica do Alto Tietê.
A planta, que a princípio tem por objetivo servir de abrigo aos organismos de vários tamanhos, atuacomo uma espécie de filtro natural, porém, se encontra em abundância por quase todos os 15 quilômetros do rio existente na cidade e, segundo especialistas consultados pelo Mogi News, está colocando em risco a vida aquática da região.
"Sabe quando uma pessoa não está bem de saúde e aos poucos vão aparecendo sinais de sua doença? Então, com a natureza não é diferente. O grau avançado de ´convalescência´ do Tietê está explícito pela proliferação excessiva das plantas aguapés", afirma Nadja Soares de Moraes, presidente da Organização Não Governamental (ONG) Biobrás, e responsável pelo Grupo Técnico de Educação Ambiental do Subcomitê de Bacias do Alto Tietê. Ela conta que dependendo da quantidade, as plantas podem ser benéficas ou prejudiciais ao rio.
"Elas são muito comuns em água doce. Em menor número é aconselhável, pois favorece a limpeza do rio, contudo, quando aparecem em grande quantidade, cobrindo quase toda a superfície do rio, aí é um mau sinal. Isso alerta para um desequilíbrio ambiental, pois há excesso de material orgânico, em especial, nitrato e fosfato", explicou Nadja. "Além disso, quando ela forra toda a superfície diminui a incidência de luz solar e oxigênio para os peixes, moluscos e demais seres vivos aquáticos", reforça a bióloga.

Entre os trechos mais críticos, segundo constatou o MN, estão a ponte sobre o rio, na avenida João XXIII, em César de Souza, e no Mogilar, na ponte da rua Cabo Diogo. A vegetação flutuante se mistura com a vegetação ribeirinha.
Para Nadja, um serviço de desassoreamento, com a retirada urgente do excesso de sedimento e aprofundamento da calha do rio, auxiliaria na vazão e despoluição. "
"Os governos municipal e estadual deveriam aproveitar esse momento de estiagem para fazer o serviço, pois na época de chuvas, os danos podem ser maiores", alerta.

Resposta
O Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Recursos Hídricos, encaminhou ao Mogi News uma nota que mal serve de solução, em curto prazo, para o problema do aguapé.
"Informamos que o edital para a licitação com finalidade de realizar o desassoreamento do Lote 4 do Rio Tietê encontra-se em trâmites finais. O trabalho se estenderá por um trecho de 49 km (da foz do Córrego Três Pontes até a foz do Córrego Lavapés) e beneficiará os municípios de Itaquaquecetuba, Poá, Suzano e Mogi das Cruzes", destaca a resposta do DAEE.



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