Claudia Irente
Da reportagem local
O pintor Antônio Carlos Rodrigues Silva Júnior, de 32 anos, o Tartaruga, acusado de ter matado a facadas, no dia 11 de novembro de 2011, as irmãs Renata, de 21 anos, e Roberta Yoshifusa, de 16 anos, na casa delas na Vila Oliveira, irá a júri popular no próximo dia 14, às 10 horas, no Fórum Central de Mogi das Cruzes. A data do julgamento foi confirmada na noite de ontem pelo advogado de defesa da família das vítimas, José Beraldo.
"Os pais delas, Nelson e Rita, hoje moram em outro Estado, para onde se mudaram logo após os fatos. Eles continuam bastante abalados. Entretanto, estarão presentes e o pai será uma das testemunhas, pois foi o primeiro a chegar à cena do crime e encontrar Tartaruga e os corpos das meninas na casa", adiantou Beraldo.
O advogado pedirá pena máxima. "O acusado está preso em Tremembé e eu entendo que ele pretendia, inclusive, ter esquartejado e dado sumiço no corpo de uma das vítimas, que estava em cima de uma mesa. Ele é um sujeito covarde, dissimulado. Um psicopata".
Na época em que foi preso, Tartaruga não deixou claro o motivo de ter atacado as jovens, que conhecia há mais de dez anos. Disse apenas que "teve um surto". Ele também negou ter estuprado as vítimas, embora haja a suspeita de que elas tenham sofrido violência sexual.
Os crimes
Na noite em que ocorreram os assassinatos, Tartaruga, que fazia serviços gerais para a família das vítimas e era funcionário de confiança dos pais das meninas, inclusive convivendo com eles dentro da casa há muitos anos, foi encontrado ensanguentado e confuso pelo pai de Roberta e Renata, quando este entrou na residência.
Para Nelson Yoshifusa, o pintor contou que, na ocasião, três homens desconhecidos teriam entrado no imóvel e matado as moças. Chegou a se cortar para simular ter sido também agredido.
Desconfiando da versão apresentada, a polícia interrogou o suspeito, que acabou confessando ter sido ele o autor do duplo homicídio.