Edição 6637

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Sidney Antonio de Moraes
terça-feira
2 de junho de 2015

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Conversando contigo

Publicada em 13/07/14

Raul Rodrigues

Desejo ajudar! Sinto muito, mas não pretendo ser encarado com algo de superior. Não é essa a minha intenção, o meu ofício. Não pretendo governar ou conquistar quem quer que seja. Gostaria de ajudar, se possível, brancos, negros, judeus, gentios, ateus. Sem reivindicar surpresa: todos estamos empenhados em ajudar uns aos outros! Prepare-se para se surpreender: todos seres humanos são assim, desejamos viver para a felicidade do próximo, não para o seu infortúnio. Na ausência do qual não somos nada!
Então, qual seria a razão para querer odiar e desprezar os outros? Com tanto espaço no mundo para todos. Para prover todas as necessidades há tanta terra boa e rica. Liberdade e beleza podem ser os caminhos da vida, porém, sob o mais reles obstáculo, nos extraviamos. A cobiça envenenou a alma das pessoas. Levantou no mundo as muralhas do ódio e tem-nos feito marchar a passo de tartaruga para a miséria e a extinção.
Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina que produz abundância nos tem deixado à míngua. Nossos conhecimentos fazem-nos céticos; nossa inteligência, em pessoas duras e cruéis. Pensa-se em demasia e sente-se muito pouco. Mais do que mecanismos, dispositivos, máquinas, precisa-se de humanidade! Mais do que inteligência precisa-se de afeição e doçura. Sem essas afeições a vida será de manifesta violência e, tudo se perderá.
A aviação e os meios de comunicação em massa aproximaram-nos demais. A própria natureza dessas iniciativas é um apelo eloquente à bondade da pessoa humana, um apelo à fraternidade universal, à união de todos nós. Neste mesmo instante o que penso, por meio da palavra a mensagem pode ser enviada a um sem número de pessoas, mundo afora. Milhões de desesperados, homens e mulheres, criancinhas, vítimas de sistemas que torturam seres humanos e encarceram inocentes. Aos que me podem ler, eu digo: Não há porque se desesperar!
A desgraça que tem caído sobre nós não é mais produto da cobiça em agonia, da amargura de pessoas que temem o avanço do processo humano. As pessoas que odeiam desaparecerão. Os ditadores sucumbirão e o poder que do povo foi roubado há de retornar ao povo. E assim, mesmo que as pessoas pereçam, a liberdade nunca perecerá.
Não somos máquinas! Pessoas é que somos! Portanto, em nome da democracia, usemos deste poder, unamo-nos todos nós. E, com amor da humanidade em vossas almas! Não odiar! Só odeiam os que não se fazem amar, os "inumanos".

Raul Rodrigues
É mestre em Engenharia de Produção, professor universitário e colaborador do Mogi News.



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