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Cidade| Risco de inundação

Prefeituras estão sendo alertadas sobre barragens, afirma governador Serra

Abertura das comportas das barragens do Alto Tietê pode ser necessária para aliviar o Sistema Cantareira, que está no limite

Publicada em 14/01/10

Osvaldo Birke

Serra: "O que se tem que fazer agora é prevenir, mapear as áreas e já promover ações de remoção"

Júlia Guimarães
Da reportagem local

O governador José Serra (PSDB) informou ontem que há cinco meses as Prefeituras da região estão recebendo alertas do governo do Estado sobre a possibilidade de abertura das comportas das barragens do Sistema Produtor do Alto Tietê (Sipat). A medida pode ser necessária para aliviar o Sistema Cantareira, que está quase dentro da capacidade total, mas provocará alagamentos em Mogi e nos municípios vizinhos. O tucano informou que as áreas que possivelmente sofrerão as inundações já foram mapeadas e defendeu ações preventivas para que Estado e municípios enfrentem o problema.

Serra afirmou que desde o mês de agosto o governo do Estado "vem interagindo e comunicando as prefeituras" da região sobre a situação das represas do Sipat. Na última sexta-feira, ele alertou pessoalmente os prefeitos tucanos de Biritiba Mirim, Carlos Alberto Taino Júnior, o Inho, e de Salesópolis, Antônio Adilson de Moraes, o Adilson Bolinha, para a necessidade de abrir as comportas das barragens do Alto Tietê.
Durante o encontro, em Bragança Paulista, técnicos da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) informaram a 16 prefeitos sobre a necessidade de liberar as águas das represas, uma vez que o Sistema Cantareira está com 97,8% da sua capacidade de armazenamento.

Em entrevista ao Mogi News, Serra voltou a falar do assunto ontem, no Palácio dos Bandeirantes, durante a cerimônia de assinatura do decreto que regulamenta a chamada Lei da Billings. O governador afirmou que as áreas com risco de alagamento já foram mapeadas, embora, de acordo com ele, o governo do Estado não tenha um levantamento de quantas famílias precisarão ser removidas em caso de abertura das comportas. "O que se tem que fazer agora é prevenir, mapear as áreas que eventualmente tenham problemas e, nos pontos mais críticos, já promover ações de remoção. E naquelas áreas de risco intermediário, deixar uma situação de alerta".

O governador não detalhou a partir de quando ou como será feito o eventual plano de remoção. Ontem, o prefeito Marco Bertaiolli (DEM) informou que a Prefeitura de Mogi não recebeu do governo do Estado o mapeamento que indicaria quais áreas do município podem ser alagadas com a eventual abertura das comportas. "Esses alertas foram emitidos para as prefeituras das cidades que estão na área das represas que estão com 97,5% de ocupação. Em Mogi das Cruzes, nós esperamos que isso não aconteça, mas, se as nossas represas tiverem que ser abertas, nós vamos ter esse mapeamento e a Prefeitura está preparada para isso.", disse o prefeito.

Bertaiolli, que é presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê, afirmou ainda que, atualmente, a situação está "controlada" porque o Sipat está com 77,6% de sua capacidade, o que é considerado um volume seguro. No entanto, ele informou que chegou a conversar ontem com a Defesa Civil do Estado sobre o assunto e que Mogi faz parte de um plano de emergência do governo estadual traçado para a eventual abertura das comportas. "Se isso for acontecer, nós teremos um plano para atender Mogi das Cruzes. Mas tudo vai depender do tempo e só deve acontecer se tivermos chuvas torrenciais. Isso é que nem termômetro, você tem de ir mensurando a febre de cinco em cinco minutos", afirmou.



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