Álvaro Campos
Da região
Em greve desde o início do mês, professores estaduais ligados ao Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) estiveram ontem em Poá na inauguração do acesso à rodovia Ayrton Senna, onde era esperada a presença do governador José Serra (PSDB). Com cartazes contendo dizeres ofensivos contra Serra, cercam de 20 manifestantes que conseguiram chegar próximo ao palanque montado na via fizeram um apitaço e vaiaram as autoridades da região, que, por sua vez, destacaram a importância da obra entregue pelo Estado.
Primeiro os manifestantes reclamaram que não estavam conseguindo entrar no local do evento, e depois afirmaram que a polícia não os estava deixando se manifestar, apesar da PM ter apenas protegido às autoridades. Diversos prefeitos e deputados da região subiram ao palco para defender o governador.
"Isso não é professor. Porque na minha época os professores eram mais educados. O Serra é o governador que mais investiu em infraestrutura. Ele está melhorando a CPTM, criando os AMEs para desafogar o sistema de saúde. Isso tudo é feito para a população mais carente. Ele é um governador que cuida das pessoas", discursou o deputado estadual João Caramez (PSDB).
"Vocês têm o direito de se manifestar, mas agora não é o momento. Nós estamos recebendo um grande benefício. Aguardamos 15 anos por essa obra. Agora a região está muito mais próxima de São Paulo", disse o anfitrião, Francisco Pereira de Sousa (PDT), o Testinha, prefeito de Poá.
O deputado estadual Estevam Galvão de Oliveira (DEM), um dos maiores aliados de Serra na região, explicou que a obra vai atender os trabalhadores. "Esse acesso vai facilitar a entrada de matéria-prima e o escoamento da produção, tanto da indústria como da agricultura. É por isso que a população está contente. Eu cumprimento os professores que estão na sala de aula, trabalhando, cuidando dos nossos filhos", retrucou.