Olavo A. Arruda D´Câmara
Dia desses, conversando com um amigo, analisamos o comportamento de certas pessoas e autoridades que apenas sabem criticar e falar mal dos outros. Aceitar críticas, ninguém gosta, mas elas são necessárias. Todos nós gostamos de ouvir elogios, mas raramente aceitamos humildemente que pessoas apontem os seus erros e as suas fraquezas.
Há aqueles que fazem comentários maldosos e devem ser repelidos com veemência, principalmente quando as críticas não têm fundamentos e lógica. Mas meu amigo José Roberto Alabarce me ensinou que o melhor que podemos fazer para enfrentar os nossos inimigos ou pessoas que nos odeiam gratuitamente é torná-las invisíveis! Mas como poderemos torná-las invisíveis? É muito fácil. Basta ignorá-las. Quando alguém te criticar injustamente, ignore-o. Quando for deselegante com você, faça de conta que é com o outro. Agindo assim, ignorando os inimigos, eles se tornarão invisíveis aos nossos olhos. Afinal, não dizem por aí que ninguém "chuta cachorro morto"? Pois bem, torne os inimigos e críticos ferozes, além de invisíveis, cachorros mortos na acepção da palavra. O que acontecerá? Ele ficará em profundo desalento. Pois bem, os seus comentários maldosos não o atingiram.
Quando puder, vá à Igreja e reze pelos inimigos - aquele que você tornou invisível. Ore muito por ele para que seja inspirado, se redima dos seus pecados e se torne um cidadão de bem. Há aqueles que nos elogiam quando estamos presentes, mas, basta virarmos as costas, e as críticas surgem. No meio político isto acontece diariamente.
Caso você tenha me ofendido, eu te perdoo e se eu te ofendi me perdoe. Em suma: ninguém gosta de ser desprezado. Outro dia, conversando com um mendigo, ele me contou: "Estou assim pelos meus erros, que foram tantos que a família e os amigos me abandonaram e agora sou invisível para todos". E então, vamos tsornar os inimigos invisíveis?
Olavo A. Arruda DCâmara é advogado e professor de Direito Político