A extrema competência com que Munir Jorge desempenhava seu trabalho rendeu-lhe reconhecimento nacional pela atuação em grandes casos criminais. Ontem, o filho mais velho e também advogado, Munir Jorge Júnior, relembrou alguns das principais causas do pai.
Nos anos 1980 Munir Jorge participou de mais de 15 tribunais de júri na defesa de três réus acusados de participação no caso do chamado Esquadrão da Morte - que ganhou repercussão nacional na década de 1970. O criminalista conseguiu a absolvição dos acusados que eram popularmente conhecidos como Fininho, Campão e Trali. Na mesma época, ele ainda defendeu o cabo Bruno, policial militar acusado de ter se tornado matador de aluguel. "No caso do cabo Bruno, meu pai conseguiu a absolvição em um júri e a prorrogação de outros dois. Aliás, em todos os júris dos quais participou, ele obteve resultados positivos".
Entre os casos mais atuais estão a penhora de um apartamento, avaliado em R$ 2 milhões, que pertencia ao atual técnico do Palmeiras, Vanderlei Luxemburgo. A retenção do bem ocorreu em face da execução de uma nota promissória no valor de R$ 500 mil. A ação mais recente de grande repercussão foi a defesa de Nicolau Aun Júnior, acusado de ser o cabeça de uma quadrilha de tráfico e lavagem de dinheiro, da qual o filho do ex-jogador Pelé, Edison Cholbi - o Edinho, teria participação. Esta última caso ainda não teve seu mérito julgado. (J.G.)