Apenas no primeiro dia do mutirão de ultrassonografia transvaginal, 22% das mulheres deixaram de comparecer ao exame. Cem pacientes estavam agendadas para quarta-feira, quando começou o mutirão, mas apenas 78 pessoas apareceram para realizar a ultrassonografia. O índice de faltas é uma preocupação da Secretaria Municipal de Saúde. No caso do mutirão de ultrassonografia, que está sendo realizado em parceria com a Santa Casa, a pasta pede a colaboração da população, pois esse exame é o que tem uma das maiores taxas de procura na rede municipal.
O secretário municipal de Saúde, Marcello Cusatis, disse que a conscientização é a única forma de diminuir o absenteísmo da rede municipal. "Todas as ferramentas que poderiam ser colocadas à disposição dos pacientes para avisar o horário e dia do exame já estão em operação", afirmou. Ele citou a mensagem via celular na data do exame e a ligação dias antes.
Cusatis ressaltou que a falta nos exames faz com que outros pacientes deixem de ser atendidas. "As pessoas precisam se conscientizar de que, ao faltarem em um consulta ou exame, não estão apenas causando dano à própria saúde, mas passam a prejudicar outros pacientes", destacou.
Cada exame de ultrassonografia, como o oferecido no mutirão, custa cerca de R$ 150 na rede particular. "Toda ausência traz danos, mas no caso deste mutirão ela é ainda mais problemática, porque é um exame complexo, que requer um profissional específico e outros insumos", contou.
Um dos exemplos graves de absenteísmo citados pela Secretaria Municipal de Saúde foi um mutirão do mesmo exame marcado no fim do ano passado no Hospital Doutor Arnaldo Pezzuti Cavalcanti, voltado para os moradoras do distrito de Jundiapeba: o índice de faltas foi de 50%. (L.N./Colaborou Cleber Lazo)