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Cidade| Denúncia

Peixes morrem em lago no Residencial Morumbi

Acionada pelos moradores, Companhia Ambiental do Estado deu início à investigação sobre a mortandade. A comunidade do bairro quer obras de revitalização do lago

Publicada em 11/03/10

Daniel Carvalho

Mais um problema: Segundo moradores, morte de peixes é comum

Nayara Ruiz
Da reportagem local

A situação problemática do lago do Parque Residencial Morumbi, na Vila da Prata, já denunciada pelo Mogi News, tem se agravado com o passar dos dias. Agora, além da falta de iluminação e de limpeza e do aumento de lixo acumulado no local, os moradores denunciaram a mortandade dos peixes, que tem ocorrido nos últimos dias. Equipes da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) estão investigando o caso e realizaram uma inspeção no lago na segunda-feira.

Os moradores do bairro dizem que já fizeram diversos pedidos à Prefeitura de Mogi para a revitalização do local. Segundo o ex-vereador Guaraci Galocha, a Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente havia prometido uma solução para o problema até dezembro do ano passado, mas nada foi feito. "Esse lago está muito sujo, os peixes estão morrendo e os nossos governantes não estão fazendo nada para que isso acabe. Está tudo abandonado. Desde que o Bertaiolli entrou, estamos jogados ao léu", disse. "O mato aqui cresce muito e nenhuma equipe da Prefeitura vem para realizar serviços de capinação. Os moradores que fazem caminhadas matinais precisam ficar atentos com a presença de bichos, principalmente de cobras", acrescentou.

A dona de casa Cláudia Elisa de Almeida, de 42 anos, diz que as pessoas acabam jogando lixo no mato porque não existem lixeiras: "Só quando inaugurou o lago, em 2007, colocaram as lixeiras, depois, tiraram todas". Ela está preocupada com a saúde dos moradores, principalmente das crianças. "Muitos continuam vindo nadar em meio a essa água suja, com bichos mortos e lixo. É muito perigoso".

O gerente regional da Cetesb, Edson Santos, informou que uma vistoria foi feita no local e foram encontrados dois peixes mortos. "No entanto, só conseguimos detectar a causa da morte quando o peixe está em estado moribundo", explicou. Inspeções continuarão a ser feitas e informações sobre despejo de esgoto no lago serão requisitadas pela Cetesb ao Serviço Municipal de Águas e Esgotos (Semae).
A autarquia informou que no bairro o correto é a construção de fossas sépticas pelos moradores. O Semae irá notificar os moradores que não estão cumprindo a lei. Além disso, foram realizados, no último final de semana, trabalhos de limpeza das fossas.

O secretário municipal de Serviços Urbanos, Nilmar de Cássia Ferreira, informou que já existem estudos, desenvolvidos em parceria entre a Prefeitura e o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), para serviços de melhoria no lago, mas não há prazo para a execução.



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