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Região| Moradia

Mais de 18 mil famílias moram em unidades da CDHU e do PAR

A maioria das unidades sofre com a falta de manutenção tanto por parte do governo como pelos moradores

Publicada em 27/12/09

Mau uso: Apesar de haver problemas construtivos e de responsabilidade do Estado, outros acabam sendo gerados pelos próprios usuários

Jamile Santana
Da região

Em todo o Alto Tietê há 18.183 famílias que vivem em conjuntos habitacionais. Deste total, 13.548 ocupam as unidades da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) nas cidades de Mogi das Cruzes, Ferraz de Vasconcelos, Poá, Suzano e Itaquaquecetuba. O restante mora nos apartamentos do Programa de Arrendamento Residencial (PAR). Criados para ser a solução contra a falta de moradia, estes conjuntos sofrem com a falta de investimentos em infraestrutura. Enquanto que no papel os conjuntos têm um planejamento urbanístico, no dia a dia os moradores enfrentam praticamente as mesmas dificuldades das ocupações irregulares.
Em praticamente todas as unidades, o que se encontra é uma imagem de má conservação, como no caso do conjunto da Vila Cléo, em Mogi, onde a quadra construída para o lazer dos moradores está tomada pelo mato, ou então nos prédios do Parque Dourado, em Ferraz, onde as pichações foram incorporadas à "decoração" dos imóveis.
Segundo a CDHU, todo apartamento tem garantia de cinco anos contra eventuais problemas ou vícios da construção, cujo reparo é de responsabilidade da construtora que executou a obra. No entanto, o morador deve zelar por sua residência, efetuando sempre a manutenção preventiva e os serviços que se façam necessários, o que é comum em qualquer empreendimento.
Ainda de acordo com a companhia, quando os moradores fazem algum tipo de queixa, uma equipe técnica é enviada para verificar se o problema. A CDHU tem reforçado com os moradores e síndicos a importância de fazer esses serviços.
Em muitas das ocorrências, é constatado que o dano é fruto do mau uso, como telhas quebradas ou falta de manutenção na rede elétrica e hidráulica. O mesmo acontece com os prédios do PAR. A Caixa Econômica Federal garante a manutenção, desde que não seja por má conservação.



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