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Refugiado achou gravador escondido dentro de armário

Publicada em 31/07/09

Após um ano procurando emprego em Mogi das Cruzes, Mahnoud Enkawy conseguiu um trabalho em outro município, em uma indústria de produtos alimentícios. Ganhando seu próprio salário, resolveu sair da cidade, para tentar se estabelecer. Não deu certo. Foi surpreendido com a exclusão do Programa de Reassentamento Solidário do governo federal. "Agora não estou mais trabalhando na indústria e estou completamente desamparado, sem saber o que fazer". Além do dinheiro mensal, os refugiados moram em imóveis alugados em nome da Cáritas, como fiadora.

Agora, nem casa para morar ele tem. "Como fui banido dos benefícios e não tenho ninguém para ser meu fiador, se eu quiser alugar um imóvel tenho de deixar como garantia três meses de aluguel. Eu não tenho esse dinheiro". A mesma situação, segundo ele, vai acontecer com todas as famílias a partir de outubro, quando o prazo de recebimento dos benefícios terá vencido.

Outra irregularidade também foi revelada por ele. Em um dos armários que recebeu da Cáritas Brasileira, Mahnoud encontrou um minigravador, que estava escondido no móvel. "Eu tenho certeza que eles colocaram aquele aparelho para ouvir todas as minhas conversas particulares. Eles invadiram a minha privacidade. Já entrei em contato com um advogado, que está vendo este caso para mim".



O outro lado
O porta-voz do Alto Comissário das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), Luiz Fernando Godinho, foi procurado pela reportagem do Mogi News. O assessor prometeu encaminhar resposta ao jornal, o que não ocorreu até as 21h30 de ontem, prazo de fechamento desta reportagem. Já o secretário regional da Cáritas Brasileira, Antenor Rovida, que responde pelo Programa de Reassentamento Solidário do governo federal em Mogi, não foi localizado. (N.R.)



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