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Cidade| Seca

Moradores da Chácara Guanabara sofrem com a falta de água e de rede

Sem chuvas, até os poços e outras alternativas usadas no bairro não estão dando conta da demanda local

Publicada em 19/10/14

Daniel Carvalho

O poço de Maria Ivone já não consegue manter as caixas cheias

Luana Nogueira
Da reportagem local

A falta de chuva não afeta somente o armazenamento de água nas represas. Os moradores da Chácara Guanabara, uma região que não tem rede de água, mas conta com poços, também reclamam da falta de abastecimento. A saída encontrada pelas pessoas para driblar a seca foi a compra de caminhões-pipas que abastecem as casas.
Outros mogianos criaram cisternas que armazenam a água da chuva, mas que também estão secas ou no nível mínimo. Segundo o Serviço Municipal de Águas e Esgotos (Semae), uma empresa foi contratada para perfurar um poço artesiano que fornecerá o abastecimento para o bairro.

A aposentada Maria Ivone dos Santos, de 52 anos, vê a água desaparecer aos poucos. O poço que mantém na sua propriedade não produz mais água. Ela conta que os vizinhos que tentam fazer novas perfurações também não conseguem obter água. Outros moradores vão abastecer as residências em propriedades vizinhas. "Não temos água encanada e tudo está secando. A Prefeitura nos esqueceu e não constrói um poço artesiano. Somos obrigados a comprar água de caminhão-pipa. Pago R$ 230 por uma água que dura entre 30 e 40 dias, mas temos de economizar ao máximo. São 10 mil litros que são divididos em duas caixas de água", explicou.

O aposentado Aelton Oliveira, 59, montou uma cisterna para captar a água da chuva e reaproveitá-la. Ela é usada para a limpeza da casa, o banheiro e a plantação que mantém no quintal de casa. Além disso, ele espalha baldes pelo corredor para aproveitar a água que escorre do telhado. "Toda a água que conseguimos captar é importante", acrescentou.

O mecânico Cameron Alves Bezerra, 68, percorre um longo trajeto até o sítio de um amigo para conseguir água. "Os pneus do meu carro já estão desgastados por causa da estrada de terra e o peso dos barris de água. Sem contar o esforço de carregá-los até a caixa de água que fica em cima da minha casa. Como tenho um comércio, preciso da água", destacou.

O Semae informou que "contratou uma empresa que vem realizando estudos hidrogeológicos na Chácara Guanabara. Foram identificados quatro locais onde pode ser perfurado o poço artesiano. Atualmente, os estudos avaliam qual desses pontos fornecerá maior quantidade de água. Assim que isso for definido, o poço será aberto. O projeto prevê ainda a implantação de um reservatório. Quando estiver concluído, a água será bombeada do poço, tratada e armazenada no reservatório, de onde ocorrerá a distribuição para as casas".
A autarquia disse, ainda, que caminhões-pipas cumprem roteiros diários até o bairro e que abastecem uma caixa de água comunitária.
O Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) informou que não há um levantamento sobre o número de poços artesianos que existem em Mogi. Para a perfuração, é necessária uma outorga do órgão.



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