Noemia Alves
Da reportagem local
A quatro dias da eleição, o candidato à Presidência da República Aécio Neves (PSDB) escolheu Mogi das Cruzes para encerrar a campanha política no Estado de São Paulo e tentar levar a disputa para o 2º turno. Acompanhado do governador de São Paulo e candidato a reeleição Geraldo Alckmin (PSDB), Aécio Neves permaneceu por pouco mais de meia hora no centro da cidade. Tempo suficiente para causar um alvoroço.
O empurra-empurra era tamanho que até o roteiro do corpo a corpo com o eleitorado mogiano, preparado por seus assessores, teve de ser alterado. Ao invés de percorrer todo o centro comercial, o presidenciável e Alckmin percorreram um trecho de quase 200 metros - da Catedral Santana até a rua Paulo Frontin.
"A escolha de Mogi para encerrar a campanha neste primeiro turno foi por causa da liderança do prefeito (Marco) Bertaiolli. Por opção e recomendação do Alckmin, que tem um respeito e carinho muito grande pela cidade. E é claro, pela importância econômica e logística de Mogi para o Estado", comentou Aécio Neves durante rápida entrevista coletiva, organizada por seus assessores em frente à Catedral Santana. "Quero agradecer ao apoio dos paulistas, onde estamos crescendo de forma sólida. Estou muito otimista em chegar ao segundo turno e vencer o PT", completou.
Entre os projetos citados por ele, caso seja eleito, estão a revisão do fator previdenciário, a redução na carga tributária cobrada dos municípios e a ampliação do repasse ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM). "Hoje (ontem) Dia do Idoso, quero reiterar meu compromisso de, sendo eleito, promover a revisão do fator previdenciário e conseguir uma aposentadoria digna aos trabalhadores brasileiros. Vamos avançar num porcentual maior da participação dos municípios e também na negociação da divida dos estados", discursou.
Denúncia
Durante entrevista segundos antes de entrar no carro que o conduziria até o Aeroporto de Congonhas e depois seguir para Minas Gerais, Aécio prometeu: "quero e vou fazer muito por Mogi. Quero ajudar a cidade a terminar com o problema da passagem de nível. Vou ver se consigo voltar". O presidenciável denunciou um novo escândalo envolvendo o Partido dos Trabalhadores e os Correios de Minas Gerais. "Tivemos a denúncia, nas últimas 48 horas, de que os Correios em Minas Gerais não enviaram correspondência do PSDB, tanto de candidato a governador como presidente. É estarrecedor", disse.
"Nós estamos entrando na Justiça e responsabilizando criminalmente, desde o ministro responsável pela área, o ministro das Comunicações, como o presidente dos Correios e o superintendente, que participaram desse crime. Centenas de pessoas se manifestaram e disseram não ter recebido correspondência durante o período eleitoral", finalizou Aécio.
O MN procurou a superintendência dos Correios, mas não obteve resposta até o fechamento desta reportagem. O Ministério das Comunicações informou que não vai comentar o assunto.
