Cibelli Marthos
Da redação
Uma comissão de policiais civis, entre ele, escrivães, investigadores e carcereiros, foi ontem na Prefeitura de Suzano para cobrar o recebimento do pró-labore, que já foi concedido aos policiais militares da cidade. O grupo alega que outros municípios da região pagam a gratificação para as duas polícias e, por isso, cobram o repasse da administração municipal.
De acordo com projeto aprovado pela Câmara no final do mês passado, os agentes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros receberão mensalmente R$ 400. A expectativa é que o pagamento comece a ser feito a partir de junho. Segundo a escrivã Vera Magalhães, que atua na Delegacia Central de Suzano, o repasse é justo para a PM, mas é preciso que ele seja estendido também para a Polícia Civil.
"Estamos sobrecarregados, fazendo trabalho dobrado. Hoje temos menos de 70 policiais civis para trabalhar na cidade, o efetivo caiu pela metade em um ano porque ninguém quer atuar em Suzano, onde não se tem condições de trabalho, material adequado e uma gratificação salarial", explicou a profissional. Segundo ela, muitos agentes foram para as delegacias de Mogi das Cruzes em busca de melhores salários.
Vera destacou ainda que cidades como Poá, apesar de menor se comparada a Suzano, já pagam o pró-labore para agentes da Polícia Civil. "O prefeito (Paulo Tokuzumi - PSDB) esteve na delegacia antes de se eleger e garantiu que todos receberiam o pró-labore, mas até agora ficou apenas na promessa".
A comissão foi recebida ontem pelo secretário de Governo, Rafael Garcia. Segundo a escrivã, não foi dada nenhuma garantir de que o pagamento poderá ser feito. "Só teve conversa e mais nada, eles estão empurrando com a barriga essa situação. O secretário chegou a pedir que procurássemos as outras prefeituras para ver de que forma essa gratificação é feita. Vamos fazer isso e aguardar um novo posicionamento do secretário", concluiu.
Prefeitura
De acordo com a Secretaria de Comunicação Institucional, os escrivães foram recebidos pelo secretário de Governo, Rafael Garcia, que escutou as demandas. A eles, o secretário informou que irá comunicar as reivindicações ao prefeito Paulo Tokuzumi (PSDB). A administração deve estudar um caminho jurídico para que isso possa ser feito.